terça-feira, 6 de agosto de 2019

Carta ao Prefeito Roberto Rivelino

Coluna Esplanada de Leandro Mazzini

Prezado Prefeito Ronaldo Rivelino,

c/c aos ilustres edis

Consternado recebi a notícia da Coluna Esplanada do Leandro Mazzini publicada em 31/07/2019 entitulada "SEM MEMÓRIA"  Outra  peça surreal do Brasil sem memória:Há um ano moradores da pacata São bento do Sapucaí (SP) veem o malfeito público com o saudoso filho mais ilustre.Em duas canetadas, o prefeito Ronaldo Rivelino excluiu o nome de Plínio Salgado de uma praça e extinguiu a semana cultural em homenagem ao jornalista e ex-deputado."

A sanção das Leis 1972/2018  e 1984/2018 que retiraram as justas homenagens ao escritor, jornalista, intelectual e político Plínio Salgado causou-nos profunda indignação.
Tal medida lembra a passagem bíblica Provérbios 26,4-5 " Não respondas ao tolo segundo a sua estultícia;para que não te faças semelhante a ele.Responde ao tolo segundo a sua estultícia, para que não seja sábio aos seus próprios olhos."

A dúvida cruel é devemos ou não responder ao tolo? O cerne do debate situa-se no campo do irrazoável , da ignorância, do preconceito e, por vezes, do ódio.

Nada além disso para justificar a medida tacanha da Câmara Municipal de Vereadores e sancionada pelo prefeito em apagar o legado de Plínio Salgado.

Preferi responder para não deixar que o tolo sem resposta passe por sábio.

O Projeto de Lei 014/2018 da lavra dos vereadores Binho e Jorge " Professor" e sancionado pelo prefeito demonstra o total desconhecimento da monumental carreira literária, jornalística e política do ilustre deputado.

Profeticamente disse Plínio Salgado: " Se uma Nação não rende homenagens aos seus filhos ilustres, que contribuíram para sua grandeza,perde, pouco a pouco, nas gerações desmemoriadas pelo utilitarismo e pelo egoísmo, a consciência do que representa e da sua própria destinação histórica"

Disse ainda certa vez Plínio Salgado :' Brasileiros! Um dia a História vai nos julgar.Eu estou tranquilo com a minha consciência porque tenho cumprido o meu dever.Vim ao mundo para assistir a este quadro do meu Brasil, e não fiquei indiferente.Tomei o partido da Pátria e de Deus.Estou tranquilo"

A Câmara Municipal o julgou por unanimidade e por  9 votos apagou de vez qualquer vestígio dele na cidade.

A razão não adere ao erro total, tenho esperança que a Câmara Municipal de Vereadores e a Prefeitura não se conduzirá pela fúria dos tolos.A luz do bom senso há de prevalecer e o nome do ilustre são-bentista será novamente relembrado.

Aguardamos que o reparo seja feito e que a as autoridades locais façam uma homenagem digna ao honrado homem público.

Atenciosamente,
Paulo Fernando Melo
Diretor da Casa de Plínio Salgado
São Paulo - SP

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